Porque não estou a ter resultados, questionava-me. Porque a interação de um conjunto de valores meus geram um comportamento em mim que assemelha a “um cão a perseguir o rabo”. Foi a resposta que encontrei quando andava as voltas com dissertação do mestrado, trazendo à consciência de que a “BAIXA PERFORMANCE”, acentuava-se sobre os valores “Alto Trabalho Duro” e baixo “Terminar Tarefa”.
O meu plano era entrar em 2016 com o mestrado concluído. Instalei a rotina diária de levantar as 5 da manhã e trabalhar 3 horas na dissertação. Ainda assim, o trabalho não avançava. As análises demonstravam imensas coisas feitas e nada de concreto. Os e-mails da orientadora terminavam com a mesma recomendação: “ foco”, o que gerava um certo melindre ao pensar: “estou focada” professora.
Em meados de 2016, tive acesso ao meu “Value Profile”, um teste de perfil comportamental de nome CVAT – Culture and Value Tools, que analisa o perfil comportamental com base na forma como periorizamos as nossas escolhas. A análise teve uma grande revelação: a interação de um conjunto de valores meus geravam um comportamento em mim que assemelhava “um cão a perseguir o rabo”. Muito esforço e pouco resultado, traduzida em “baixa performance”. Com isto percebi porque os resultados não estavam a chegar, a pesar das 3 horas diárias rigorosamente dedicadas a trabalhar na tese.
Eu tenho por natureza um amor a ideias novas, a novos conhecimentos, a unir pontos e fazer experiências. Quando uma ideia chegava, pesquisava-lhe até exaustão, todas as suas árvores genealógicas e as associava às minhas práticas diárias e tudo mais que podia imaginar. Isso fazia me feliz mas não estava alinhada com os meus objetivos, logo não conseguia avançar.
Quando passei pela jornada do autoconhecimento através do teste CVAT, percebi que a razão dos meus “não resultados” era a relação estabelecida entre os meus valores, alto “Trabalho Duro”, baixa “Terminar Tarefa”, alta “Abstração” e alta “Flexibilidade” que entre eles, teciam árduas jornadas reflexivas e inconclusívas. O responsável princIpal era o baixo “Terminar Tarefa” em interação com a alta “Abstração”. Essa descoberta ilustrou o conflito entre a minha frustração por não estar a avançar e a satisfação de navegar em maionese de informações.
Foi então que fiz um treino para instalar algumas práticas em consciência, nomeadamente, dividir o grande foco em pequenos focos e só iniciar o próximo passo depois de concluir o que iniciei. Domei a minha sede de perseguir ideias e relacioná-las, estabeleci um tempo para avançar em cada assunto de forma que evitasse as distrações. Criei uma disciplina interna que friccionava com a minha alta “Flexibilidade” e fui buscar força a cada valor que andava a tramar contra o resultado, desenfreando o baixo “Terminar Tarefa” e a alta “abstração” que eram os principais responsáveis por navegar em maionese.
Poderia estar hoje ainda às voltas com a dissertação ou mesmo desistir de fazê-lo pela frustração de não haver avanços. A conclusão do mestrado ao fim de 3 meses, a partir da jornada do autoconhecimento só tem um responsável, a consciência dos valores a trabalharem em prol do meu prazer e não dos meus resultados.
Essa clareza permitiu-me controlar os meus valores e coloca-los a trabalhar a favor do que era realmente importante para mim naquele momento, os resultados, encontrando o prazer em cada meta que alcançava.
Se não está a ter resultados que pretende, é provável que o obstáculo esteja bem perto de si. Para eliminá-lo precisa conhecê-lo. Uma jornada de autoconhecimento abre portas a transformação dos obstáculos em forças potenciadoras.
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